Quando a humanidade perde o rumo: tragédia no Nepal escancara a urgência de reciclar o ser humano
- Nilson Carvalho
- 9 de set.
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Por: Jornalista Nilson Carvalho. Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura | Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
Um episódio bárbaro ocorrido no Nepal chocou o mundo e nos obriga a refletir sobre até onde a violência, o ódio e a intolerância podem levar a humanidade. Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal, foi brutalmente queimada viva após manifestantes incendiarem a residência da família em Katmandu. Cercada dentro de casa, não teve chance de escapar. Mesmo socorrida ao Hospital de Queimados, não resistiu.
Essa tragédia não é apenas um caso isolado. É o retrato cruel de uma sociedade doente, mergulhada em corrupção, desigualdade e desespero. Jovens que deveriam ser a esperança de transformação estão sendo engolidos pela revolta sem rumo, que se transforma em violência cega.
A repressão, que já deixou ao menos 19 mortos, apenas alimenta o ciclo de ódio. Em meio ao caos, até o Parlamento foi incendiado. O atual primeiro-ministro, Khadga Prasad Oli, renunciou, e a proibição do uso de redes sociais foi suspensa. Mas será que isso basta para curar as feridas profundas de um povo que grita por justiça?
O que vemos no Nepal é mais do que política. É um alerta para o mundo. Quando o ser humano perde a essência de cuidar, de amar e de construir, sobra apenas destruição. E o que resta a nós, como sociedade global, é admitir uma verdade dura: o ser humano precisa, urgentemente, ser reciclado em seus valores, sentimentos e atitudes.
Que essa dor nos desperte para a reflexão: não é o outro que precisa mudar primeiro, somos todos nós. A paz começa em cada coração.
Foto: Internet
Episódio lamentável, chocante. O ser humano é capaz de tudo. Muitas vezes motivado pela intolerância, pelo estresse, pela manifestação em massa ou grupos, pela própria revolta, mas nada disso justifica o desrespeito ao outro, a banalidade da vida humana, a desconsideração com outro ser. Que os exemplos de cima para baixo tragam mais motivação ao respeito social como um todo. Que nossos administradores possam ser mais coerentes e conscientes em seu mister para acalmar e dar condições para os seres humanos viverem em harmonia. E que os homens possam refletir mais e valorizar seus pares, a vida e o mundo em que vivem. A chave talvez seja em primeiro lugar o respeito a Deus e também às suas criaturas.
Mais um episódio lamentável ... A intolerância é o pior dos crimes, pois vai de encontro a noção basilar da relação saudável e de uma convivência possível, que é a do RESPEITO. Enquanto continuar havendo essa total falta de empatia pelo "diferente", a tendência é voltarmos ao começo e nos tornarmos primitivos novamente.