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Quando a Esperança Encontra Voz: Pré-Conferência de Assistência Social Ecoa: 20 anos do SUAS: construção, proteção social e resistência


Salvador, Bahia – Em uma tarde marcada por emoção, resistência e esperança, a sede da APAE São Joaquim, no bairro da Calçada, foi palco de um dos encontros mais potentes do ano: a Pré-Conferência de Assistência Social da cidade de Salvador. Mais do que um evento institucional, o que se viu ali foi um verdadeiro grito coletivo por dignidade, justiça social e políticas públicas que cheguem — de verdade — a quem mais precisa.

Estive presente com profunda honra e responsabilidade, ao lado do incansável companheiro de luta Dimas Carvalho, Forense do Fórum Baiano pelo Direito Humano à Alimentação Adequada (FBDHAA), que, mais uma vez, mostrou que o ativismo é verbo, ação e presença.

O encontro foi enriquecido com falas emocionantes de usuárias do sistema SUAS que, com a coragem de quem enfrenta o abandono todos os dias, colocaram em palavras o que muitos preferem silenciar: a fome, a exclusão, o medo de não ter amanhã. Cada relato foi uma denúncia viva de um Brasil real, que sangra entre promessas não cumpridas e direitos negados.

Em meio às lágrimas e aplausos, também houve formação. Uma palestra esclarecedora sobre direitos previdenciários, oferecida por um escritório parceiro, trouxe luz sobre garantias que muitas vezes são desconhecidas por quem mais precisa delas — os trabalhadores, as mães solos, os idosos invisibilizados.

Mas foi com a eleição do FBDHAA como delegado da conferência que se reafirmou o poder da organização popular. Dimas Carvalho levou à plenária um tema urgente: a relação direta entre o funcionamento do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e do SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), e como ambos impactam profundamente a mesa e a dignidade das famílias periféricas.

Porque não é só sobre políticas públicas.


É sobre comida no prato, acesso a direitos, e o mínimo que qualquer ser humano merece: respeito.

É inadmissível que, em pleno 2025, ainda existam crianças indo dormir com fome, idosos esperando meses por um benefício, mães lutando sozinhas para criar seus filhos sem apoio nem estrutura. O que aconteceu na APAE não foi apenas uma pré-conferência. Foi um ato de resistência coletiva, de escuta ativa e de convocação à responsabilidade política.


Foi o povo dizendo: "nós existimos e queremos viver com dignidade."


"Enquanto houver silêncio do Estado, haverá grito do povo. Compartilhe essa história. Reflita. Lute. Porque dignidade não é luxo — é direito."


Fotos: Jornalista Nilson CarvalhoCobertura e texto: Jornalista Nilson CarvalhoPapo de Artista Bahia – Arte, Voz e Luta do Povo



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