Quando a Autoridade Vira Agressão: Violência Contra Mulher e Criança Escancara a Urgência de Justiça no Brasil
- Nilson Carvalho

- há 2 dias
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Por: Nilson Carvalho
O Brasil acordou mais uma vez ferido por uma cena que revolta, entristece e exige reflexão profunda. Um auditor da Controladoria-Geral da União (CGU), servidor público que deveria zelar pela ética e pelo exemplo, foi flagrado agredindo uma mulher e uma criança de apenas quatro anos, no Distrito Federal. Um ato brutal que ultrapassa qualquer limite humano e moral — e que nos obriga a perguntar: quem protege os mais vulneráveis quando o agressor ocupa um cargo de poder?
As imagens, fortes e dolorosas, mostram uma mãe tentando proteger o filho pequeno enquanto é atacada covardemente. A criança, indefesa, recebe tapas violentos na cabeça. Uma cena que não precisa de legenda para ser entendida: ali não existe discussão, não existe justificativa, existe apenas violência pura e cruel.
Diante do caso, o Ministério das Mulheres se posicionou de forma firme, repudiando a agressão e acionando a rede de proteção para garantir acolhimento, segurança e os direitos das vítimas. A pasta foi clara: violência contra mulheres e crianças é crime, em qualquer circunstância, ainda mais quando praticada por um agente público.
O presidente Lula também classificou o episódio como “inadmissível” e determinou a abertura imediata de processo interno, defendendo a expulsão do agressor do serviço público. Uma fala necessária, mas que levanta um debate ainda maior: a punição virá com a rapidez e o rigor que o povo espera?
Como ativista social, não posso ignorar o sentimento que ecoa nas ruas: a sensação de impunidade. Moradores relataram que a polícia foi acionada, mas o agressor não foi preso. Quantas vezes vemos isso se repetir? Quantas mulheres e crianças sofrem em silêncio porque acreditam que nada vai acontecer com quem agride?
Esse caso não é isolado. Ele representa milhares de lares onde a violência se esconde atrás de portas fechadas, cargos importantes e discursos bonitos. A diferença é que, desta vez, a agressão foi filmada. E quando a violência ganha imagem, ela perde a chance de ser negada.
O Ministério das Mulheres reforçou que seguirá investindo na formação de servidores públicos para fortalecer uma cultura de respeito, direitos humanos e responsabilização. Isso é um avanço. Mas o povo precisa de mais do que promessas: precisa de ações concretas, punições exemplares e proteção real às vítimas.
É fundamental lembrar: mulheres em situação de violência não estão sozinhas. O Ligue 180 funciona 24 horas, gratuitamente, em todo o Brasil. Em casos de emergência, o 190 deve ser acionado imediatamente.
Violência doméstica não é assunto privado. É problema social, é falha do Estado quando não há resposta rápida, e é responsabilidade de todos nós denunciar, cobrar e não silenciar.
Que esse caso não seja apenas mais uma notícia. Que seja um grito por justiça, proteção e respeito. Compartilhe, comente e diga: até quando?
Foto: Internet







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