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Pr. Ivo Leandro o Colunista: janeiro de 2025: O Brasil Entre Expectativas e as Barbeiragens Econômicas do Governo Lula



O primeiro mês de 2025 chega ao fim, e a economia brasileira segue navegando entre promessas, contradições e desafios. O governo Lula, em seu terceiro mandato, tentou imprimir uma marca de crescimento e estabilidade, mas as decisões tomadas até aqui têm revelado um cenário de improvisos, falta de coerência e medidas que mais atrapalham do que ajudam o país.

 

Se 2024 terminou com um crescimento econômico acima das previsões, a realidade agora mostra um horizonte mais nebuloso. As projeções para os próximos dois anos indicam que o Brasil pode enfrentar um período de desaceleração, fruto de escolhas políticas e econômicas que, em vez de fortalecer o país, criaram instabilidade e insegurança.

 

Os Erros Que Custam Caro ao Brasil

 

1. A Ilusão Fiscal e o Tiro no Pé

 

Desde o início do governo, Lula prometeu responsabilidade fiscal, mas a prática tem sido bem diferente do discurso. A tentativa de zerar o déficit primário em 2025 esbarra no próprio apetite por gastos públicos. A arrecadação aumentou com a volta de impostos sobre combustíveis e o aperto tributário, mas o governo segue elevando despesas com programas assistencialistas e políticas que não geram retorno econômico.

 

O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou o ano de 2024 tentando convencer o mercado de que havia um compromisso com o equilíbrio fiscal. Mas o Congresso rejeitou parte das medidas de arrecadação e os gastos continuam crescendo. Como consequência, o governo precisou aumentar a taxação sobre empresas e dividendos, freando investimentos e desestimulando o setor produtivo.

 

2. Juros em Alta: Um Problema Criado Pelo Próprio Governo

 

Outro grande erro foi a postura hostil do governo em relação ao Banco Central. Durante todo o ano passado, Lula criticou a independência da instituição e pressionou por cortes de juros. Mas agora, ironicamente, vê a taxa Selic voltar a subir, chegando a 13,25% em janeiro de 2025, com previsões de atingir 15% ainda este ano.

 

O motivo? A inflação não cede como esperado, impulsionada pelo descontrole fiscal, pelo aumento dos combustíveis e pela incerteza sobre a condução da economia. Se em 2024 o governo comemorava um crescimento maior que o esperado, agora se vê diante de uma desaceleração provocada por suas próprias decisões.

 

3. A Contradição dos Combustíveis

 

O governo abandonou o Preço de Paridade Internacional (PPI) e disse que protegeria os brasileiros das variações do petróleo. Mas na prática, os preços dos combustíveis continuam voláteis, e a reoneração dos impostos em 2024 anulou boa parte dos benefícios prometidos.

 

Motoristas de aplicativo e caminhoneiros, que esperavam estabilidade, foram surpreendidos com aumentos ao longo do ano. A promessa de um combustível mais barato se transformou em um discurso vazio, enquanto o governo tenta arrecadar cada vez mais para cobrir seus próprios erros fiscais.

 

4. A Falta de Rumo na Indústria e no Investimento Externo

 

O Brasil perdeu credibilidade com investidores estrangeiros. O discurso ideológico do governo, as falhas na condução fiscal e as mudanças repentinas em regras de mercado afastaram capital internacional. O resultado? A indústria segue estagnada e a geração de empregos perdeu força.

 

Além disso, a tentativa do governo de interferir no setor privado — com discursos contra privatizações e uma política de reestatização de setores estratégicos — gera insegurança para empresários. Em vez de incentivar inovação e competitividade, Lula insiste em um modelo econômico ultrapassado, onde o Estado assume um papel central e ineficiente.

 

O Que Esperar Para os Próximos Dois Anos?

 

O governo ainda pode reverter parte do estrago, mas os sinais não são animadores. Se Lula insistir na política de gastos sem responsabilidade fiscal, o Brasil pode enfrentar um novo ciclo de inflação alta, juros elevados e crescimento fraco.

 

O que começou como um governo que prometia prosperidade e estabilidade se transformou em uma gestão marcada por contradições e barbeiragens econômicas. O desafio para os próximos anos será tentar consertar os erros antes que o país entre em uma crise mais profunda.

 

Enquanto isso, o brasileiro segue pagando a conta.

 

 

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