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"Portas Fechadas: Por Que Tão Poucos Estudantes com Deficiência Chegam à Faculdade no Brasil?"


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Você já parou pra pensar quantas pessoas com deficiência conseguem entrar e se formar numa faculdade no Brasil? A resposta é dura e preocupante: só 7% delas têm ensino superior completo, contra 20,9% da população sem deficiência. Ou seja, enquanto muitos ainda discutem inclusão como se fosse “favor”, milhares de brasileiros com deficiência seguem excluídos do direito de estudar, sonhar e ocupar espaços.


Em 2023, menos de 1% das matrículas no ensino superior eram de pessoas com deficiência. Isso mesmo: 0,93%. Isso mostra que, mesmo com leis que prometem reservar vagas e garantir acesso, o caminho até a universidade ainda é cheio de barreiras.


O Que Está Travando a Inclusão?


Falta de estrutura nas escolas e universidades, dificuldade de mobilidade, falta de materiais acessíveis, preconceito velado e, em muitos casos, abandono já na educação básica. Muitas dessas pessoas nem conseguem concluir o ensino fundamental — como esperar que cheguem ao diploma universitário?


A verdade é que a desigualdade começa muito antes da faculdade. Começa quando a criança com deficiência não tem uma escola preparada, quando a família não encontra suporte, quando a sociedade finge que ela não existe.


E Quando Se Forma, Vai Trabalhar Onde?


Mesmo os que conseguem vencer essa maratona enfrentam outro desafio cruel: o mercado de trabalho também fecha as portas. Apenas 26,6% das pessoas com deficiência estão empregadas, contra 60,7% da população geral. As oportunidades são poucas, a acessibilidade é falha e o preconceito continua sendo um muro invisível, mas difícil de derrubar.


A Lei Existe. Mas E o Compromisso?


A Lei de Cotas é um avanço, sim. Ela reserva vagas nas universidades para pessoas com deficiência. Mas só ela não dá conta de resolver tudo. É como abrir a porta, mas não garantir o caminho até ela. E aí fica a pergunta: quem está realmente comprometido em fazer essa mudança acontecer de verdade?


Como Você Pode Ajudar?


A mudança não depende só das autoridades. Cada um de nós pode fazer parte dessa transformação. Como?


  • Cobrando das escolas e universidades acessibilidade real, não só no papel.

  • Defendendo políticas públicas que comecem lá na base, garantindo educação de qualidade e acessível desde cedo.

  • Parando de olhar a pessoa com deficiência como “alguém que precisa de caridade” e começando a enxergá-la como um cidadão com direito à igualdade e dignidade.

  • Compartilhando informações como essa, para que mais gente entenda o tamanho do problema e se junte à solução.


Não É Só Sobre Eles. É Sobre Todos Nós.


Um país que exclui parte da sua população jamais será verdadeiramente justo ou desenvolvido. Enquanto pessoas com deficiência continuarem barradas nas salas de aula e nos escritórios, a democracia segue incompleta.


Agora você sabe. E quem sabe, não pode se calar.


Compartilhe essa matéria. Questione. Cobre. Porque educação é direito, não privilégio. 

E direito se garante com ação.


Imagem: Internet

Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.

 
 
 

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