“Por um triz a Bahia veria o caos: quase soltam chefão do crime pra cuidar de filho autista!”
- Nilson Carvalho
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Por Nilson Carvalho — Papo de Artista Bahia
Imagine o susto! Por um fio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quase mandou pra casa um dos maiores chefes do crime organizado da Bahia, o temido Venício Bacelar Costa, mais conhecido como “Fofão” ou “Doido”, apontado como liderança do Bonde do Maluco (BDM) — facção que espalha medo e sangue pelo estado.
A decisão, que chocou até os mais acostumados com as reviravoltas da Justiça, foi baseada em um pedido da defesa, alegando que o criminoso precisava cuidar do filho autista severo de dois anos. O ministro Ribeiro Dantas chegou a conceder prisão domiciliar “humanitária”, mas o que ninguém esperava era que uma nova ordem de prisão já estivesse decretada pela Justiça baiana, impedindo o bandido de deixar o Conjunto Penal de Serrinha, unidade de segurança máxima.
Por pouco, o chefão não voltava pra rua.
Segundo o STJ, o ministro reconheceu que “Fofão” é de altíssima periculosidade, mas considerou o lado humano da história — o filho, que apresenta autismo severo e “sente falta do pai, piorando emocionalmente sem ele”. A defesa argumentou que a mãe da criança não consegue lidar sozinha e que a presença do pai acalma o menino.
Mas, como ativista social, fica a pergunta que ecoa nas ruas e nas redes:
E as mães solo do povo, que criam filhos com deficiência sem apoio, sem pai, sem estrutura e sem chance de pedir “prisão domiciliar humanitária”?
A compaixão é um valor humano, mas também é preciso ter justiça. O Brasil não pode ser o país onde o crime se esconde atrás da dor para escapar da lei. É preciso separar o direito da criança do uso indevido da causa social por quem vive da violência e do medo.
A nova decisão do juiz Moisés Argones Martins, da 2ª Vara de Garantias de Salvador, restabeleceu a ordem: manteve “Fofão” preso, destacando seu papel de comando dentro do BDM — facção envolvida em chacinas, mortes de inocentes, policiais e civis, com ramificações em Camaçari, Vilas de Abrantes e várias regiões da Bahia.
As investigações revelam uma estrutura criminosa que se expande como praga, manchando o nome de comunidades inteiras que lutam por paz e dignidade.
Como sociedade, precisamos refletir: até que ponto a Justiça pode ser humana sem ser injusta?
A dor de uma criança é sagrada, mas o sofrimento de um povo refém da violência também é.
“E se a moda pega? Será que o amor de pai justifica o perdão da lei? Comente sua opinião — o povo quer saber o que você pensa!”
Foto: Internet