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Pobre País Rico



Se tudo é uma questão de princípio, estamos mal nessa película da vida.

Fomos descobertos e colonizados por um povo muito pouco pragmático, nas suas perguntas e respostas (bingo para as respostas).


Arrendaram a nossa pátria a um tal Noronha (Aquele mesmo da ilha de Fernando de Noronha), que em parceria (rachadinha), com o rei e a nobreza ociosa, explorou despudoradamente o nosso Pau Brasil e todas as riquezas que pode encontrar e enviar para a corte portuguesa.

Para ajudar na colonização, nos mandaram os degredados, escória da escória social, sem direito a reciclagem. Abusaram e escravizaram negros e índios, dando assim abertura para franceses e holandeses que melhor sabiam tratar e negociar com os nativos e não os escravizavam (má administração).


Sucatearam o País em quatorze capitanias hereditárias e muitos dos donatários sublocaram suas terras a outrem, sem nunca terem pisados os pés em suas propriedades (atravessadores). Com resultado desastroso, já que somente duas prosperaram, inventaram o novo sistema de governadoria geral.


O fundador de Salvador e primeiro Governador Thomé de Souza, nutria uma simpatia exagerada pelo obscuro Garcia D’Ávila e agraciou-o com inúmeras sesmarias (porção de terra para os que se comprometiam a colonizá-las), tornando- o maior latifundiário do planeta, com terras litorâneas (filé), que iam do Espírito Santo ao Maranhão. Mais tarde, soube-se que essa grande figura (laranja), era filho bastardo de Dom Tomé.  


Graças a um Rei bobo, covarde e fujão, filho de uma louca e casado com outra, fomos elevados a categoria de vice-reino, mas, apelidado pela rainha adultera de: quinto dos infernos.


Chegou desapropriando a força (abuso de poder), todos os bens imóveis que lhe agradaram, para o seu bem-estar e dos bajuladores que trouxera na bagagem.

Depois de treze anos voltou para o reino, com o triplo de riquezas que tinha trazido e que lhe foram antes enviadas, deixando o Brasil em situação de caos financeiro (peculato).


Pero Vaz de Caminho, escrivão da frota de Cabral (o descobridor), expediu carta para o venturoso Dom Manuel, Rei de Portugal, dizendo: A terra é chã e se plantando tudo dará. Mas, quem planta árvores de má qualidade, colhe frutos pecos, azedos e amargos, difíceis de serem digeridos, dando uma azia coletiva à nação.

Estando em Portugal pela primeira vez, um enfezado (cheio de fezes) taxista, perguntou-me: És brasileiro? Ironicamente respondi que sim, graças a Deus. Ele queixoso, resmungou que Lisboa estava muito perigosa, por conta dos ladrões brasileiros que estavam ali a morar. De bate pronto respondi-lhe, que estávamos mandando de volta, aqueles que muitos anos atrás nos tinham enviado, e acrescentei: Os nossos são mais robustos, ágeis e inteligentes.

 

Desci do carro antes de chegar ao destino, deixando o “portuga” a ruminar sua raiva, para minha absoluta satisfação.

 

 

Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia:  Paulinho Caipora

 
 
 

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