"Ovo virar estrela na mesa do povo: quando o luxo da carne se afasta, a sobrevivência encontra caminho"
- Nilson Carvalho

- 1 de ago.
- 2 min de leitura

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos humanos
Num país onde o prato de comida sempre foi sagrado, agora o povo precisa escolher entre encher o carrinho ou pagar as contas. Com o aumento absurdo no preço dos alimentos, principalmente da carne, o ovo, simples e acessível, virou o verdadeiro protagonista na alimentação de milhões de brasileiros — e na Bahia, o consumo subiu até 30%.
Você já deve ter notado: o quilo da carne de primeira está custando quase como ouro. De acordo com uma pesquisa da Reds Research, 84% dos brasileiros perceberam uma alta nos preços dos alimentos, e 65% disseram que isso afetou diretamente o que colocam no prato. Entre os mais pobres, esse número chega a alarmantes 81%. Em outras palavras: a maioria do povo está tendo que repensar o que come todos os dias.
E onde entra o ovo nessa história?
Simples: ele passou de “coadjuvante” a herói da refeição. Rico em proteína e muito mais barato, o ovo agora sustenta a fome onde antes a carne reinava. E isso não é uma escolha por gosto, é por necessidade.
O olhar do ativista social
Como ativista, não tem como fechar os olhos diante de uma realidade que escancara desigualdade. Quando o básico vira luxo, algo está muito errado. O que estamos vivendo não é apenas uma questão de economia: é sobre dignidade, fome e resistência.
É importante entender que essa substituição alimentar reflete uma dor silenciosa: famílias inteiras mudando seus hábitos não por saúde, mas por sobrevivência. Isso nos faz pensar: que futuro estamos preparando quando o direito à alimentação de qualidade se torna privilégio?
Uma mudança urgente
Mais do que destacar o crescimento do consumo do ovo, essa matéria levanta uma bandeira: precisamos de políticas públicas que garantam comida de verdade no prato do povo. Não dá pra seguir normalizando o sofrimento de quem batalha todos os dias e ainda assim não consegue comer com dignidade.
Compartilhe essa realidade. Dê voz a quem tem sido silenciado pela fome. Porque um país só é justo quando todos têm acesso ao básico: comida, respeito e esperança no amanhã.
Foto: Internet







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