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“O Terror Vai Começar?” — Quando a Violência Rouba o Lugar da Paixão no Futebol Baiano

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Por: Jornalista Nilson Carvalho. Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

 O futebol que emociona não pode ser o mesmo que amedronta

 

Acordar e ver um boneco pendurado em uma passarela, com uma faixa dizendo “O terror vai começar”, não é mais rivalidade.

É ameaça. É ódio. É o retrato do quanto o nosso futebol está doente.

 

Nesta quinta-feira (16), dia do clássico Ba-Vi, uma cena lamentável chocou Salvador. Um boneco vestido com o uniforme da Torcida Imbatíveis, organizada do Vitória, foi encontrado pendurado de cabeça para baixo na Avenida Paralela, próximo à Unijorge.

Ao lado, frases ameaçadoras como “Somos seu pesadelo” e uma data que carrega dor e luto: 24/04/2014, dia da morte de Lucas dos Santos Lima, o “Chapolin”, antigo líder da TUI.

 

A mensagem, claramente provocativa e criminosa, reacende um passado de sangue e violência que já deixou famílias destruídas e sonhos interrompidos — tudo em nome de uma “paixão” que perdeu o rumo.

 

 Do amor ao time ao ódio no coração

 

O futebol, que deveria unir povos, cores e comunidades, virou campo de guerra entre torcidas que esqueceram o verdadeiro sentido da palavra “torcer”.

Essas atitudes mancham o esporte e desrespeitam todos os que amam o futebol de verdade — aquele que vibra com o gol, chora com a derrota, mas nunca levanta bandeira de sangue.

 

Enquanto alguns exaltam a rivalidade, as mães choram seus filhos mortos, os jovens perdem a liberdade e os estádios se esvaziam por medo.

Hoje, o clássico Ba-Vi acontece com torcida única pelo sétimo ano seguido.

E isso é um retrato da vergonha que vivemos: um futebol que precisa se proteger do próprio torcedor.

 

 Um olhar social: violência não é cultura, é fracasso coletivo

 

Como ativista social e defensor da paz, é impossível não refletir:

Em que momento deixamos o amor pela camisa virar licença para o ódio?

A cultura do “inimigo” precisa acabar.

O futebol é arte, é emoção, é expressão popular — mas jamais pode ser arma de destruição.

 

É hora de unir forças entre clubes, governo e sociedade civil para reeducar nossas torcidas, investir em campanhas de paz e trazer de volta a essência do esporte.

Porque não existe vitória quando o preço é a vida.

 

 A violência não representa o povo baiano

 

O povo da Bahia é conhecido por sua alegria, sua festa e seu coração gigante.

Esses vândalos que espalham medo não representam a nossa essência.

O baiano de verdade torce, vibra e celebra — mas nunca destrói.

 

Enquanto uns penduram bonecos, outros penduram bandeiras de esperança, e são esses que realmente merecem os aplausos.

 

 

“Quem transforma o amor ao time em ódio ao próximo esqueceu o que é ser torcedor.”

 

 E você, o que pensa sobre isso?

Até quando vamos aceitar que a violência dite as regras do nosso futebol?

Comente, compartilhe e marque aquele amigo que acredita que futebol é amor, não guerra!

 

Foto: Internet


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