
Anos se passaram, mas as cicatrizes da COVID-19 continuam a nos assombrar. Suas sequelas e traumas, que marcaram uma geração, ainda reverberam em cada canto do mundo. Como jornalista, vivi de perto a dor de ver tantas vidas perdendo a batalha, enquanto o simples ato de abraçar se tornava fatal.
O afeto, antes símbolo de carinho, se transformou em uma ameaça que destruía famílias, separava entes queridos e tornava o convívio um risco.
Fomos forçados ao isolamento, a uma reclusão forçada, que levou milhões à morte e milhões mais à solidão e ao medo. Mas, qual lição a COVID-19 nos deixou? Será que ficamos mais humanos? Mais compassivos? Ou, ao contrário, mostramos o pior de nós mesmos? Casamentos desmoronaram, famílias se partiram, e o mundo, inegavelmente, mudou — para o bem ou para o mal. Mudamos realmente ou apenas sobrevivemos?
A pandemia não foi apenas uma crise de saúde. Ela foi um grande espelho que refletiu nossa vulnerabilidade. Nos mostrou que, a qualquer momento, tudo pode desmoronar. Que nossos sonhos, nossos planos, podem ser apagados sem aviso. Mas será que aprendemos? Ou ignoramos o legado que a COVID-19 nos deixou?
A grande lição, talvez, seja simples e dolorosa: a vida é fugaz. As relações humanas são preciosas. E, diante da finitude da existência, será que ainda não sabemos como tratar uns aos outros com dignidade, respeito e empatia?
A pergunta que fica é: qual é o verdadeiro legado da COVID-19 em nossas vidas? Será que, após a dor, conseguimos emergir mais fortes, mais unidos e mais humanos? Ou seguimos cegos, ignorando o que de mais essencial nos foi revelado? O futuro não será mais o mesmo.
E, se a pandemia deixou uma lição, é que devemos ser mais humanos, agora, mais do que nunca.
Foto: Internet
Texto: Jornalista Nilson Carvalho
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