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Na Bahia, até a roupa e o gesto errado podem custar a vida: quando o crime dita regras sobre o povo

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Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

A violência na Bahia chegou a um nível tão absurdo que hoje até símbolos universais de paz, moda e diversão foram sequestrados pelo crime organizado. O que antes era apenas uma camisa do time do coração, um corte de cabelo estiloso ou até uma pose descontraída para foto, agora pode ser interpretado como saudação de facção criminosa — e custar vidas inocentes.

 

 O caso mais recente aconteceu na Pituba, quando um comerciante foi ameaçado por usar uma simples camisa da Adidas, marca mundialmente conhecida, mas que criminosos passaram a associar ao Bonde do Maluco (BDM).

 

 O gesto de “paz e amor”, símbolo hippie mundial, pode ser lido como a marca do “2”, do Comando Vermelho (CV). Já o famoso “três dedos” dos roqueiros virou a marca do BDM, inimigo mortal do CV.

Até cortes de cabelo com riscos na sobrancelha se tornaram perigosos.

 

Camisas de seleções como Argentina, Jamaica e Portugal foram apropriadas por facções. O Flamengo virou uniforme do CV.

 

Nem o Mickey Mouse escapou: o personagem infantil mais famoso do mundo foi tomado pela facção “A Tropa”.

 

O problema é mais profundo do que moda ou gestos.

 

O que estamos vendo é o crime se apropriando da vida cotidiana do povo, roubando a liberdade de vestir, se expressar e viver sem medo. Isso é reflexo do abandono social, da falta de políticas públicas eficazes e de investimentos reais em segurança, educação e oportunidades para a juventude.

 

Quando até a roupa que você veste define se você vive ou morre, é sinal de que a sociedade está refém do crime.

O povo não pode aceitar que a violência dite as regras do nosso dia a dia. É urgente que o Estado recupere seu espaço, garantindo dignidade e segurança para todos.

 

"Na Bahia, até o jeito de se vestir virou risco de morte. Até quando o povo vai viver com medo? Comente e compartilhe para que essa realidade não seja normalizada!"

Foto: Internet

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