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“MORRE GESIVALDO BRITTO: O ADEUS QUE ABALA A JUSTIÇA BAIANA E REACENDE O DEBATE SOBRE PODER, CORRUPÇÃO E LEGADO”

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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia  

 

Quando parte uma figura que viveu entre o prestígio da toga e as sombras da investigação, o povo tem o direito de refletir: o que fica da Justiça quando seus pilares são sacudidos?

 

A Bahia amanheceu mais silenciosa nesta segunda-feira (17).

Morreu em Salvador, aos 78 anos, o desembargador aposentado Gesivaldo Britto, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Um homem que ocupou o topo da Justiça baiana e, ao mesmo tempo, esteve no centro de um dos maiores escândalos jurídicos da história recente do estado: a Operação Faroeste.

 

Sua partida encerra um ciclo marcado por poder, controvérsia, conquistas e questionamentos. Um capítulo que obriga a sociedade a refletir sobre a importância da transparência, da ética e da responsabilidade no comando das instituições que deveriam proteger o povo.

 

QUEM FOI GESIVALDO BRITTO?

 

Ele assumiu a presidência do TJ-BA no biênio 2018–2020, após ser eleito em 2017.

Mas em 2019, em pleno exercício da função, foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça, acusado de envolvimento em um esquema milionário de venda de sentenças e grilagem de terras no oeste da Bahia.

 

Era um nome de peso, conhecia os corredores do poder como poucos, mas seu legado ficou marcado pela turbulência da Operação Faroeste — uma investigação que abalou a confiança da população no sistema judiciário.

 

O IMPACTO DA SUA MORTE PARA O POVO

 

A partida de Gesivaldo Britto reacende perguntas inevitáveis:

 

O que acontece quando os guardiões da justiça falham?

 

Como o povo pode confiar em instituições que, muitas vezes, se envolvem em escândalos tão graves?


O sistema aprendeu com esse episódio ou novos esquemas continuam escondidos atrás das togas?

 

Para nós, ativistas sociais, a reflexão vai além do nome e toca na essência:

o povo precisa de um Judiciário que sirva à sociedade, e não aos interesses privados.

 

Enquanto a Bahia se despede do desembargador, cresce também o clamor por uma Justiça mais transparente, mais humana e mais conectada com os que realmente dependem dela: o cidadão comum.

 

 DESPEDIDA E LEGADO

 

A Associação dos Magistrados da Bahia lamentou a morte e prestou solidariedade à família.

O sepultamento acontece hoje, às 16h, no Cemitério Jardim da Saudade.

 

Mas para além das homenagens formais, fica uma pergunta que dói:


o que a história vai lembrar — o homem, o juiz ou a operação que marcou sua queda?

 

E mais importante:


como esse episódio pode servir de alerta para que o povo cobre mais ética, mais fiscalização e mais verdade de quem ocupa cargos de poder?

 

Quando um gigante da Justiça cai, é a sociedade inteira que precisa se levantar para não cair junto.”

 

Comente, compartilhe e leve essa discussão adiante — só assim a mudança acontece onde ela mais precisa nascer: no coração do povo.


Foto: Internet


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