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Mãe de Criança Autista sofre constrangimento em Casa Lotérica de Camaçari Atendente e clientes negam prioridade garantida por lei e geram tumulto



Na última segunda-feira (01/07), uma mãe, que preferiu não se identificar, passou por um constrangimento significativo no centro de Camaçari. O incidente ocorreu quando ela tentou utilizar o direito de prioridade para seu filho autista em uma casa lotérica local, resultando em uma experiência traumatizante.

 

A mãe e seu filho, que possui nível 2 de suporte no espectro autista, foram até a casa lotérica "Feira da Sorte" para pagar uma conta. Ao chegar, foram confrontados com uma longa fila. Com o filho ficando agitado - um comportamento comum em crianças autistas - ela decidiu se identificar e solicitar o atendimento prioritário, mostrando a carteirinha que comprova a condição de seu filho.

 

No entanto, a atendente, em vez de conceder a prioridade garantida por lei, se recusou a atender imediatamente e sugeriu que a mãe pedisse permissão para passar na frente das outras pessoas na fila. Este comentário provocou um tumulto, com os clientes negando a passagem da mãe e seu filho. A situação gerou um grande constrangimento e, além de ter a prioridade de seu filho negada, a mãe foi vaiada e teve que deixar o local com o filho visivelmente agitado e choroso.

Após o ocorrido, a mãe registrou um boletim de ocorrência na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari. Ela planeja ser ouvida pelo delegado novamente nesta quarta-feira (03/07) para dar continuidade ao caso contra a lotérica.

 

Lei garante atendimento prioritário

 

A Lei nº 14.626/2020 assegura atendimento prioritário a pessoas com transtorno do espectro autista, mobilidade reduzida e doadores de sangue. Esta lei reconhece a necessidade de um atendimento especial para pessoas com tais condições e visa incentivar ações de doação de sangue.

 

É fundamental que os pais de crianças com autismo conheçam e reivindiquem os direitos de seus filhos. Em situações onde a prioridade é negada, é possível acionar a polícia para garantir o cumprimento da lei.

O impacto e a relevância da Lei nº 14.626/2020

 

A lei em questão não apenas facilita o atendimento a indivíduos com necessidades especiais, mas também aumenta a conscientização sobre os direitos das pessoas no espectro autista e com mobilidade reduzida. Estabelecimentos comerciais devem estar cientes e respeitar essas normas para evitar situações de constrangimento e garantir um tratamento digno e justo.

 

Como proceder em casos de negação de prioridade

 

Caso a prioridade seja negada, é importante que as pessoas afetadas documentem a situação e, se necessário, chamem a polícia para garantir que seus direitos sejam respeitados. Essa ação não só protege o indivíduo, mas também contribui para um entendimento mais amplo e a implementação adequada das leis que asseguram esses direitos.

 

Relata Bahia

Foto: Josué Silva

Por: Bruno Cordeiro

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