IOF: O Imposto Invisível que Penaliza o Povo e Silencia a Esperança
- Dimas Carvalho

- 16 de jun
- 2 min de leitura

Enquanto os olhos da nação se voltam para as festas juninas e a euforia popular, nos bastidores do poder, uma decisão silenciosa ameaça aprofundar o abismo social que separa os que tudo têm dos que apenas sobrevivem: o aumento do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
Anunciado em maio, revogado em parte dias depois e, agora, recalibrado em novo decreto, o vai-e-volta do governo federal tem deixado não só o mercado instável, mas também milhões de brasileiros vulneráveis, ainda mais pressionados por um sistema financeiro que os sufoca.
Na prática, o IOF impacta diretamente o bolso de quem mais precisa. Transferências, financiamentos, operações de crédito — tudo se torna mais caro. E quando o Estado escolhe aumentar tributos de forma técnica, sem olhar para a realidade nas periferias, ele não está apenas arrecadando: está cobrando caro por um país que já negou direitos básicos a muitos.
A quem realmente serve esse aumento?
O discurso é o mesmo: necessidade de equilibrar contas públicas. Mas o que está em jogo é mais do que cifras — é o direito à dignidade. Porque quando o imposto cresce, mas o salário não, o prato esvazia. E quando o Estado silencia sobre os impactos humanos de suas decisões fiscais, o povo grita calado.
O empresariado reagiu, o mercado protestou, e o Congresso se mobiliza. Mas e o povo? Onde está a escuta verdadeira da população pobre, endividada, e excluída, que sequer entende as siglas que definem sua miséria?
Este não é apenas um debate tributário. É uma discussão sobre justiça social.
É preciso coragem para pensar um país que arrecade com equidade, sem empurrar os pobres para o fundo do poço financeiro. A urgência de votar este tema no plenário da Câmara deve vir acompanhada da urgência moral de proteger quem mais sofre com o peso do invisível: o imposto que não aparece no contracheque, mas corrói o sonho de milhões.
“Não é só o IOF que pesa — é a indiferença com quem já carrega o peso de uma vida inteira esquecida.”
Foto: Internet
Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.
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