Incompetência ou intenção?

As expectativas continuam a mexer com o imaginário da nossa população, espera-se os próximos passos dos presidentes dos poderes legislativo, câmara e senado, e quais as matérias que serão pautadas nas próximas sessões, se a obstrução da semana passada surtirá efeito ou não passou de um tumulto inútil.

O presidente Hugo Motta, declarou as próximas matérias a serem levadas à plenário sem mencionar as que foram reivindicadas pelos manifestantes da obstrução, que seriam a revogação do foro privilegiado, anistia e impeachment de Alexandre de Moraes.

Os opositores dizem que voltarão a obstruir os trabalhos se não forem atendidos, o presidente ameaça solicitar através da comissão de ética, a punição para os deputados rebeldes, enfim uma queda de braços que não mostra nenhum consenso sobre o que de fato interessa ao povo, que seria ver um basta para essa frouxidão do parlamento que não exerce o seu papel, por terem medo das ameaças feitas pelo STF, que tem o previlégio de julga-lós sumariamente, enquanto não cair o foro privilegiado.

O tema anistia, que também conta com o apoio de grande parte da população, haja vista os milhares de brasileiros que foram às ruas no último dia 3, clamando por essa providência que viria em socorro, de todas as pessoas que estão presas e os que já foram condenados, pela participação da bagunça do dia 08 de janeiro de 2023, que foi transformada em tentativa de golpe.

O impeachment do ministro, seria um bálsamo para as almas dos brasileiros que entendem que as ações perpetradas por ele tem trazido, tristeza, dor e apreensão para os que ainda acreditam que a democracia pode ser restaurada.

Por sua vez, o presidente Alcolumbre, diz de uma forma arrogante, que embora a maioria dos senadores (41), tenha protocolado o pedido para que seja colocado em pauta o impeachment de Moraes, que ele não o fará.

Esse pronunciamento faz mais confusão na cabeça da população, que se pergunta, como pode um senador que preside uma instituição, composta de membros que foram votados, para exercerem em nome do povo os seus mandatos, ignorar a vontade da maioria e de forma monocrática resolver o que vai ou não pautar.

Está virando moda, cada um faz o que quer?

No âmbito da mistura da política com a economia, ainda aguardamos algum solução, para o “arranca rabo” Trump versus Lula.

De um lado Trump, pressionando, através do que ele acha que injusto e ameaças à democracia, sancionando o ministro Moraes com lei Magnitsky e mistura essa tema com a taxação.

Do outro o presidente do Brasil, aproveita essa mistura e diz que o Brasil, não se curvará diante do poderoso adversário, pois com essa exigência de que se revejam as ações do judiciário, os EUA, estão invadindo a soberania brasileira, e não faz nenhum esforço para negociar sobre as taxas.

Se apressa em implementar um plano de contingência, disponibilizando 30 bilhões, dos já combalidos cofres públicos, para socorrer os setores prejudicados pela taxação, personificando a figura do “ Big Father “.

Ignora as possibilidades de negociação, manda uma carta convidando Trump para o evento COP 30, para tratar de assuntos relacionados a preservação do meio ambiente, nada a ver com o assunto do momento.

Por essas outras é que fazer algum prognóstico, quanto as intenções do governo é um tanto arriscado, tudo pode ser incompetência ou tudo pode ser intencional.

O tempo vai nos responder.

Deus que nos proteja, tanto da incompetência, quanto das intenções.

Até breve e um forte abraço

José Cupertino Filho