“Futebol baiano ignorado: representatividade ainda é sonho distante na Seleção”

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura — Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

O povo baiano mais uma vez viu a esperança bater na trave. Cotados como possíveis nomes na Seleção Brasileira, Jean Lucas e Luciano Juba ficaram de fora da lista final convocada por Carlo Ancelotti para os jogos contra Chile (4/09) e Bolívia (9/09), válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Muita gente acreditava que, com a boa fase do Bahia, finalmente teríamos representantes do nosso estado vestindo a amarelinha. Mas a realidade veio dura: nenhum atleta do Tricolor foi lembrado.

E o que isso significa para o povo?

Significa que ainda existe uma barreira invisível que insiste em deixar o futebol nordestino fora dos grandes holofotes. Não é apenas sobre bola na rede, é sobre representatividade, autoestima e reconhecimento. Um jogador baiano na Seleção não é só vitória esportiva, é vitória cultural e social. É dizer para cada jovem da periferia que sonha com a bola no pé: “você também pode chegar lá”.

Enquanto isso, o técnico italiano mexe no time, testa novos talentos, dá chance para jogadores de clubes europeus e até descansa estrelas como Neymar e Vinicius Jr. Nada contra. Mas fica a pergunta: até quando o Nordeste vai ser lembrado apenas como arquibancada e não como protagonista dentro de campo?

A ausência de nomes baianos é mais do que uma escolha técnica, é um alerta: precisamos valorizar e cobrar mais respeito pelo nosso futebol. Porque quando um atleta daqui veste a camisa da Seleção, não é só ele que entra em campo — é a voz, o orgulho e a cultura de um povo inteiro.

 Reflexão para todos nós: enquanto o Nordeste não for enxergado como potência, nosso grito continuará ecoando das arquibancadas, mas sem eco dentro das quatro linhas.

Compartilhe essa matéria e ajude a levantar essa bandeira: o povo baiano merece ser visto, ouvido e convocado!

Foto: Internet