FUGIR DA REALIDADE OU SOBREVIVER A ELA?
- Nilson Carvalho

- 21 de mai.
- 2 min de leitura

Num mundo onde a dor é sufocada pelo silêncio, onde o luto vira peso invisível e a solidão corrói de dentro para fora, algumas pessoas encontram refúgio em algo simples, simbólico, mas poderoso: um bebê reborn.
Não se trata de um brinquedo.
Trata-se de um mecanismo de sobrevivência emocional.
Para quem perdeu um filho.
Para quem não pode gerar.
Para quem vive com Alzheimer, depressão, ansiedade ou traumas profundos.
O toque de um bebê reborn é, muitas vezes, o único abraço possível.
Mas agora, na Bahia, um projeto de lei propõe multar em até 20 salários mínimos qualquer unidade pública de saúde que utilize esses bonecos como parte do acolhimento terapêutico.
E a pergunta que fica é:
Como agir diante de um grito que não se ouve?
Estamos diante de um fenômeno que precisa ser estudado, compreendido, analisado — não punido.
Pessoas estão fugindo da realidade não por fraqueza, mas por falta de alternativa.
Se acolhê-las é errado, o que resta?
A saúde mental do Brasil já está em crise. Propostas assim não resolvem: agravam.
Ao invés de investigar por que tantas pessoas estão buscando refúgios emocionais, o Estado escolhe puni-las por não suportarem mais a dor.
Não se combate sofrimento com multa.
Não se cura ausência com deboche.
Não se trata um trauma ignorando sua existência.
O perigo não são os bebês reborn.
O perigo é fingir que a dor dos outros não importa.
“Fugir da realidade é, muitas vezes, a única forma que o cérebro encontra para não colapsar. Em vez de punir, precisamos compreender.”
✍️ Texto: Jornalista Nilson Carvalho – Embaixador dos Direitos Humanos – Terapeuta
📸 Imagem: Ilustrativa / Redes
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Maria Ap Codeguez
Qual é o melhor a se fazer então?
Cuidar de todos na saúde mental, como que se não dão conta nem do que já estão na fila, esperando a mto tempo por uma consulta psiquuiatrica, psicológica, neurológica , etc...