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ENTRE SOLIDARIEDADE E ABANDONO: A LUTA DA ZONA RURAL DE CAMAÇARI

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Por: Dimas Carvalho – Colunista do Jornal Papo de Artista Bahia e Ativista Social.

 

Por um lado, a esperança. Por outro, o descaso. Assim foi a manhã desta 23 de julho de 2025, quando a APTI – Associação Artes Para Todas as Idades mostrou que, mesmo em meio ao abandono, ainda há mãos dispostas a ajudar.

 

Graças à parceria com o Banco de Alimentos de Camaçari, famílias da Alameda do Rio receberam doações que garantem, ao menos por alguns dias, um alívio na mesa. Além disso, a associação trouxe uma equipe de atendimento da empresa de energia, permitindo que moradores realizassem seus cadastros e obtivessem descontos em suas contas de luz – um gesto simples, mas que faz diferença na vida de quem luta diariamente para sobreviver.

 

A ação contou com a presença do Presidente do Grupo Papo de Artista, José Cupertino Filho, do Pr. Vidal e da diretora Danila, que, mesmo enfrentando chuva, lama e ruas esburacadas, não mediu esforços para entregar dignidade às famílias.

 

Mas a solidariedade popular escancara, ao mesmo tempo, uma ferida aberta: as ruas destruídas, tomadas por máquinas pesadas, o barro que sufoca o povoado agrícola, a sensação de que o poder público virou as costas para quem vive do campo. Onde está o Ministério Público? Onde estão os vereadores, a prefeitura, os gestores que deveriam zelar pela zona rural de Camaçari?

 

Enquanto as comunidades resistem com o pouco que têm, o povo pergunta todos os dias, com o coração apertado e os pés atolados na lama:

 

“Até quando, Jesus? Até quando vamos esperar por justiça disse dona Maria desanimada?”

 



Compartilhe esta denúncia. Porque calar é ser cúmplice do abandono.

 

“Quando o povo é esquecido, a solidariedade vira resistência.”

 

Fotos: Jornalista Nilson Carvalho e Comunidade  

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