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“Então caga no chão”: o grito sufocado de milhares de cadeirantes nos céus do Brasil!



Caso de humilhação com atriz cadeirante em voo da Latam escancara o descaso das companhias aéreas. Nenhuma delas, hoje, oferece banheiro verdadeiramente acessível. Até quando?


Imagine estar a milhares de metros de altitude, confinado, sem mobilidade, precisando usar o banheiro — e ouvir de uma comissária: “Então caga no chão”.


Foi isso que viveu Paloma Alecrim, atriz, produtora cultural e cadeirante de 29 anos, diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). No dia 18 de abril, durante a madrugada, em pleno voo internacional da Latam com destino ao Brasil, ela foi impedida de usar o banheiro, que estava trancado. Quando pediu ajuda, recebeu essa frase cruel.


Não foi erro. Foi violência institucional. Uma violência que, infelizmente, já virou rotina para quem tem mobilidade reduzida.


Nenhuma empresa aérea no Brasil tem banheiro acessível de verdade

Sim, é isso mesmo. Nenhuma.


Mesmo com a Resolução nº 280 da ANAC exigindo que aeronaves com mais de 60 assentos e banheiro acessível tenham uma cadeira de rodas a bordo, isso só vale quando o avião já tem o banheiro adaptado — o que, na prática, não existe no Brasil.

A legislação até tenta garantir dignidade:


  • Exige assentos especiais com braços removíveis.

  • Dá direito a prioridade de embarque.

  • Garante acompanhante com desconto de até 80%.

  • Fala em informações sobre acessibilidade.


Mas tudo isso se torna letra morta quando o essencial — o direito de ir ao banheiro com autonomia — não é respeitado.


“É como se nosso corpo não importasse”


Paloma representa milhares de brasileiros que convivem com cadeiras de rodas, bengalas, andadores ou limitações físicas.

Pessoas que pagam passagens como qualquer outro passageiro, mas são tratadas como um estorvo.


Negar o acesso ao banheiro em um voo não é só desconforto. É humilhação, abandono, e tortura psicológica.


“É como se a gente tivesse que pedir desculpa por existir”, desabafou Paloma nas redes sociais. “Nos jogam num canto e dizem: se vire.”

E ela não está sozinha. A cada mês, dezenas de relatos somem sob o tapete da omissão, do despreparo e da negligência.


Cadê a fiscalização da ANAC? Cadê o compromisso das companhias?


Está na hora de cobrar com força: até quando os cadeirantes vão continuar sendo humilhados em aviões?


Até quando o Brasil vai aceitar que pessoas com deficiência sejam tratadas como passageiras de segunda classe?


Essa realidade precisa mudar. E só vai mudar quando mais gente souber o que está acontecendo.

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🚨 Chega de silêncio. Chega de invisibilidade.

#VooComDignidadeJá#RespeitoNoAr


Redação | Jornal Papo de Artista Jornalismo que levanta a voz de quem a sociedade tenta calar.

Imagem: Internet

Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.

 
 
 

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