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Empresa de ônibus abre 50 vagas em Salvador: oportunidade ou migalha?

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Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador dos Direitos Humanos e Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

 Quando uma vaga de emprego representa mais que um salário


Em tempos difíceis, onde a esperança anda escassa e o desemprego faz morada nos lares mais humildes, uma vaga de trabalho pode ser o respiro que muita gente precisa para não desabar. Foi com esse sentimento que recebemos a notícia: a empresa OT Trans está oferecendo 50 vagas de emprego em Salvador.

 

São chances para mecânicos, motoristas, pedreiros, eletricistas, analistas de manutenção e mais. A exigência? Ter mais de 18 anos e pelo menos um ano de experiência comprovada. Para quem deseja ser motorista, também é preciso ter a CNH em dia.

 

Mas o que parece uma simples informação técnica ganha outro significado quando olhamos com o coração de quem está do lado de fora, batendo em portas que há muito tempo não se abrem.

 

Oportunidade real ou promessa distante?


Vamos ser justos: a abertura de vagas é sempre bem-vinda. Mas é impossível não refletir: será que essas oportunidades vão alcançar quem realmente precisa? Será que o trabalhador da periferia, que muitas vezes não tem acesso à internet ou à informação, saberá onde cadastrar seu currículo?

 

Essa é a diferença entre oferecer vaga e promover inclusão. Porque de nada adianta anunciar emprego se ele não chega até quem está há meses sem renda, lutando pra alimentar os filhos e pagar o básico.

 

A OT Trans, que desde 2015 opera mais de 150 linhas de ônibus na capital baiana, tem uma enorme responsabilidade social. Empregar é um ato de cidadania. Mas incluir é um compromisso com a dignidade.

 

Um alerta para o poder público e a sociedade


O desemprego é uma ferida aberta no Brasil. Cada vaga preenchida com honestidade e justiça é um ponto de cura. Mas ainda precisamos avançar muito na forma como as vagas são divulgadas, no apoio à qualificação profissional e no acesso às ferramentas digitais.

 

O povo não precisa de favor — precisa de acesso. Precisa de ponte, não de abismo.

 

E que sirva de exemplo para outras empresas: abrir portas é nobre, mas estender a mão e garantir que todos possam alcançá-las é ainda mais importante.

 

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"Enquanto houver alguém pedindo oportunidade com fome no olhar, o emprego não pode ser privilégio — tem que ser direito."


Foto: Internet


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