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Eles Também Sentem Fome! Projeto Quer Garantir Alimentos Seguros Para Quem Tem Alergia ou Intolerância — Mas e a Voz do Povo, Foi Ouvida?



Imagine abrir uma cesta básica com a esperança de alimentar sua família — e descobrir que quase tudo ali pode te deixar doente. Essa é a realidade de milhares de brasileiros que convivem com alergias alimentares, intolerância à lactose, doença celíaca, diabetes e hipertensão. Pessoas que precisam escolher entre passar fome ou arriscar a saúde.


Mas uma luz começou a brilhar no fim do túnel: a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que exige a inclusão de alimentos específicos para essas condições nos programas públicos de alimentação e nas cestas básicas.


Ótimo passo, certo? Mas quando isso começa a valer? Quem são os verdadeiros beneficiados? A sociedade civil foi ouvida? Os pacientes foram chamados para contribuir com o projeto?


Essas perguntas ainda não têm resposta clara — e precisam ser cobradas.


A Fome Que Ninguém Vê


De que adianta uma cesta básica cheia de leite, farinha e bolacha recheada para uma pessoa com intolerância à lactose ou alergia ao trigo? Isso não é assistência, é descaso. É como entregar um prato envenenado a quem mais precisa de cuidado.

Quem vive com restrição alimentar sabe: alimentos seguros custam caro, muitas vezes são raros e quase nunca estão nas ações sociais do governo. E isso é injusto.


Crianças em risco, adultos esquecidos


O problema não é pequeno. Dados revelam que:

  • 8% das crianças com até dois anos têm algum tipo de alergia alimentar.

  • 40% dos adultos brasileiros sofrem de intolerância à lactose.

Mas essas pessoas quase nunca são lembradas quando o governo planeja ações contra a fome.


E o povo? Foi consultado?


Até agora, não ficou claro se a sociedade civil organizada — associações de pacientes, mães atípicas, ONGs e especialistas da área — foi convidada a participar da construção desse projeto. E a gente sabe: quem não vive a dor, não entende o peso dela.


Se queremos uma lei que funcione de verdade, ela precisa ser construída com quem sente na pele a exclusão do prato.


E aí, quando essa lei sai do papel?


O projeto ainda vai passar por mais três comissões na Câmara:

  • Saúde

  • Finanças e Tributação

  • Constituição e Justiça


Depois disso, vai pro Senado. E só depois, poderá virar lei. Ou seja: o caminho é longo, e a pressão da sociedade é ESSENCIAL para que ele não pare no meio.


Isso não pode ser só promessa de palanque

Garantir alimentos adequados não é luxo, é direito. É saúde, é dignidade. E mais: é justiça social.

Se o governo realmente quer combater a fome, precisa parar de tratar todos os estômagos como se fossem iguais.


O que você pode fazer agora


  • Compartilhe esta matéria com seus amigos, familiares e redes sociais.


  • Marque seu deputado ou deputada e pergunte: "Você vai votar por essa lei? Quando?"


  • Cobre audiência pública com a participação de pacientes, médicos, nutricionistas e ONGs. O povo precisa ser ouvido!


Chega de invisibilidade!


A fome tem várias caras. E quem vive com restrições alimentares também sente fome, também sofre, também precisa comer com segurança. O prato deles importa — e o Brasil precisa entender isso agora.


Compartilhe. Comente. Cobre. Essa luta é de todos nós.


Foto: Internet

Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.

 
 
 

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