E A POPULAÇÃO?
- Nilson Carvalho

- 20 de mai.
- 1 min de leitura

Mais uma reunião…
Mais um acordo que não veio.
Mais uma vez, a população de Salvador é colocada no meio de um jogo de empurra que já não é mais apenas político ou trabalhista — é humano.
Enquanto empresários e rodoviários se enfrentam em mesas de negociação, o povo — quem depende do transporte público para viver, trabalhar, estudar e cuidar da família — segue à margem da decisão.
Mães acordando de madrugada com medo de não conseguir levar os filhos para escola...
Trabalhadores angustiados, arriscando o emprego por não conseguir chegar...
Idosos que precisam de ônibus para pegar remédio, fazer tratamento, viver com dignidade...
A cidade não para porque quer.
Ela para porque é esquecida.
A greve é legítima. Os direitos dos trabalhadores importam. Mas e os direitos do povo?
Quem negocia pela população? Quem ouve a voz silenciosa de quem não tem vez?
Que essa situação nos faça refletir sobre o valor real da nossa gente.
Não somos massa de manobra. Não somos apenas usuários.
Somos vidas que giram junto com as rodas desse sistema.
A pergunta que grita no ar é:
“E a população? Fica onde nessa história?”
Foto: Internet
Texto: Jornalista Nilson Carvalho







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