Desarmar os espíritos

Acaba uma disputa, começa-se a expectativa de uma gestão que não traga para o município nenhum retrocesso nem estagnação, que os avanços conquistados com a administração passada, não sofram soluções de continuidade, que se conserve as conquistas e se avance em busca de ações que melhore cada dia mais a qualidade de vida dos munícipes, não se pode torcer por fracasso.

Cabe-nos enquanto cidadãos, observar os movimentos que serão efetuados pelo prefeito eleito e apoiar o que for positivo e criticar aquilo que por acaso venha de encontro aos anseios da população.

Acho que uma das preocupações que deve fazer parte da estratégia de quem ganha uma eleição de um grupo contrário é não permitir a descontinuidade administrativa, o que temos assistido em alguns momentos em administrações que rejeitam de forma peremptória todas as ações e depreciam as obras e realizações da gestão anterior, mostrando imaturidade e desrespeito à população.

Um gestor que saiba a importância do seu papel, não permitirá que o acirramento que possa ter existido durante a disputa na campanha que resultou na sua vitória, tenha influência nas suas decisões, deverá aproveitar tudo que foi positivo e realçar ou aprimorar as ações e mostrar que veio para somar esforços no sentido de melhorar em todos os setores a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Entendo que esse deve ser o comportamento de quem ganha uma eleição, tentar ser fiel ao seu programa de governo, fazer os devidos retorques em algumas promessas que foram feitas no calor da disputa, que se mostram inexequíveis, não criar falsas expectativas, analisar de maneira fria e desapaixonada a real situação, criar uma lista de prioridades, atacando de imediato os os problemas que mais incomodam a população.

Já a oposição cabe ser consciente do seu papel, que não deve ser o criticar por criticar, a torcida pelo fracasso, o quanto pior melhor é uma maneira equivocada de ser oposição, pois isso demonstra o desamor pelo município, colocando os interesses pessoais acima dos interesses coletivos.

Dito isso, como cidadão de Camaçarí, participante ativo na política do município há 36 anos, recolho-me a posição de observador, esperando que as vezes que tenha que me pronunciar, não seja para criticar as ações implementadas por essa gestão.

Desejo-lhe boa sorte.

Até breve e um forte abraço

José Cupertino Filho – Presidente do JPAB