Alta de 1,72% no preço dos itens essenciais pressiona orçamento dos trabalhadores da capital baiana
No mês de março, o custo da Cesta Básica de Salvador registrou um aumento significativo, alcançando o valor de R$ 585,59, conforme aponta o levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O estudo, que se baseou em 2.996 cotações de preços efetuadas em 96 estabelecimentos da capital, entre supermercados, açougues, padarias e feiras livres, evidenciou um acréscimo de 1,72% em relação ao mês anterior, representando uma elevação de R$ 9,93 em termos nominais.
Dentre os 25 produtos analisados, 13 apresentaram elevação de preço, destacando-se o tomate com um incremento de 16,88%, seguido por cebola (13,22%), banana-prata (12,09%) e queijo prato (9,36%). Também registraram alta itens essenciais como ovos de galinha, frango, flocão de milho, feijão, café moído, arroz, queijo muçarela, carne de segunda e leite. Em contrapartida, 12 produtos tiveram seus preços reduzidos, incluindo batata inglesa, cenoura, linguiça calabresa, óleo de soja, entre outros.
A análise da SEI aponta ainda que o conjunto de ingredientes para o almoço tradicional soteropolitano experimentou um aumento de 3,57%, constituindo 36,82% do valor total da cesta em março. Por outro lado, os itens típicos do café da manhã representaram 32,22% do custo no período.
Para adquirir a cesta básica, um trabalhador em Salvador precisaria dedicar 98 horas e 38 minutos de trabalho, comprometendo 44,84% do salário mínimo líquido, já considerando o desconto de 7,50% referente à contribuição previdenciária. A situação destaca o desafio enfrentado pelos moradores da capital baiana em conciliar as despesas básicas com o orçamento familiar, em meio ao cenário de alta nos preços dos alimentos.
Relata Bahia
Foto: Luzia Luna/Divulgação SEI
Por: Bruno Cordeiro
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