
Integrantes do Bonde do Maluco (BDM) vendem e alugam imóveis
Thiaguinho, Demenor, Netinho e Danone. Esses são os responsáveis por comandar o esquema da facção Bonde do Maluco (BDM) de aluguel e venda de apartamentos do Conjunto Fazenda Grande II, que faz parte do programa de habitação do governo federal Minha Casa Minha Vida. Homicidas, eles atuam como “corretores do tráfico” e faturam uma dinheirama com a expulsão de famílias carentes distribuídas em 29 blocos subsidiados pela Caixa Econômica Federal.
“São matadores. Só andam com fuzis, para oprimir todo mundo. Thiaguinho é o líder do grupo. Uma ordem dele tem que ser cumprida imediatamente, caso contrário é morte na certa. Por isso que as pessoas têm medo de falar. Ele fica nos prédios do fundo, porque aí fica mais fácil para controlar tudo. Nos blocos iniciais estão os ‘olheiros’ dele, ligados na presença da polícia e qualquer desconhecido que se aproxime”, conta um ex-morador do conjunto, expulso pelos criminosos.
Conforme denúncia exclusiva do CORREIO, os beneficiados do MCMV que são obrigados a sair são aqueles que têm parentes ou amigos policiais. Os imóveis desocupados são alugados, ou vendidos em sites de compra, como a OLX. Em Salvador, o problema acontece há pelo menos oito anos em cinco conjuntos habitacionais. Já fora da capital, os relatos dão conta de que a situação acontece em Simões Filho, Feira de Santana, Santo Amaro da Purificação e Jequié.
“Quando contemplada, eu assinei o contrato da Caixa Econômica Federal que diz que o imóvel até a sua quitação era invendável e transferível. Estou preocupada porque, além de ter sido expulsa, continuo pagando o subsídio da Caixa, pois ainda tenho esperança de ter o imóvel de volta”, declara a ex-moradora do Conjunto Fazenda Grande II, localizado em frente à Avenida Assis Valente e da Pedra de Xangô.
Esquema
Thiaguinho é o “cabeça” do esquema no Conjunto Fazenda Gande II. Segundo a fonte, é ele quem recebe toda a coleta, feita por Demenor. “Os apartamentos são vendidos por até R$ 30 mil. Já os aluguéis variam entre R$ 300 e R$ 500. As pessoas que vão morar precisam ter alguma ligação com a organização, normalmente são parentes ou fugitivos. Geralmente, a negociação é sempre em dinheiro vivo e o contrato de gaveta (documento informal usado para a compra e venda de imóveis). Agora, imagina quanto eles não faturam no final do mês? Aqui são 580 apartamentos. A maioria está sob o controle do BDM”, conta o ex-morador.
Reportagem completa no lik abaixo:
Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
Por: Bruno Wendel
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