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Concurso da Aeronáutica 2025: Quando um Fardamento Representa a Esperança de um Futuro Melhor


Por Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador da Cultura e dos Direitos Humanos

 

Em um país onde a juventude carrega o peso do desemprego, da insegurança e das oportunidades escassas, uma chance de mudar de vida pode chegar em forma de um edital.

 

Estão abertas as inscrições para o Curso de Formação de Sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) 2025, oferecendo 206 vagas para jovens com ensino médio completo. As oportunidades estão divididas entre diversas especialidades técnicas — da comunicação à mecânica de aeronaves, da meteorologia ao controle de tráfego aéreo — e acolhem candidatos entre 17 e 24 anos, inclusive com cotas reservadas para candidatos negros, como prevê a política de ações afirmativas.

 

Mais que números, são trajetórias possíveis. Para muitos, é o caminho para sair da periferia, transformar a realidade da família, representar a pátria com dignidade e reencontrar o valor do mérito sem esquecer a justiça social.

 

A formação será rigorosa. Serão dois anos em regime de internato na Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), com direito a alojamento, alimentação, assistência médica e remuneração. Após a formatura, o salário inicial de um sargento será de R$ 3.825, com adicionais e benefícios. Mas o valor mais importante talvez não esteja na conta bancária, e sim no resgate da autoestima e da cidadania.

 

As inscrições vão até 28 de julho e devem ser feitas pelo site da EEAR. A prova escrita ocorre em 30 de novembro de 2025, em várias cidades do Brasil. O processo também inclui testes físicos, psicológicos, inspeções de saúde e verificação documental.

 

Oportunidade, mas para quem?

Como defensor dos direitos humanos, é preciso ir além do edital e fazer uma análise mais profunda:

 

Será que todos os jovens têm acesso a ensino de qualidade para enfrentar essa prova?

 

Os que vivem em vulnerabilidade, que trabalham cedo ou que já são chefes de família, conseguirão se adequar às exigências do concurso?

 

E as jovens mães, e os que já enfrentam a exclusão digital?

 

A Aeronáutica oferece uma estrada — mas quem vai conseguir caminhar por ela?

 

Que o Estado garanta divulgação, inclusão e suporte nos bairros mais esquecidos do país. Que os cursinhos populares, as ONGs e os professores da rede pública vejam nesse edital uma ferramenta de mobilização. Porque o futuro da pátria se constrói não só com fardas, mas com justiça social.

 

“A chance de servir ao país deve começar com a chance de sonhar. Compartilhe esta oportunidade. Para um jovem, pode ser mais do que um concurso — pode ser um recomeço.”

Foto: Internet

 

 

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