Briga de Torcidas em Salvador: até quando vamos aceitar a violência travestida de paixão?
- Nilson Carvalho

- 21 de ago.
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Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro
Na noite de quarta-feira (20), a cidade de Salvador presenciou mais um triste episódio envolvendo torcidas organizadas. O que deveria ser sinônimo de festa, união e esporte, acabou se transformando em cenário de destruição.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 30 indivíduos estavam armados com facas e canivetes, depredando o patrimônio no Largo do Tanque, na Liberdade. A ação resultou na condução de 24 pessoas para a delegacia, sendo oito delas adolescentes. O grupo foi interceptado nas imediações da Feira do Japão, na Avenida Lima e Silva, após denúncias da população.
E aqui cabe uma reflexão profunda: até quando vamos confundir torcida com vandalismo?
Esses não são torcedores, são indivíduos que saem para destruir o patrimônio e causar danos à sociedade: lamentável.
A verdadeira torcida leva bandeira, canta hino, vibra pelo seu time. O que vimos foi o oposto: pessoas usando a paixão pelo futebol como desculpa para o crime. Isso não gera apenas prejuízo material, mas medo, insegurança e um rastro de violência que afeta diretamente o povo.
Quantos comerciantes fecharam as portas às pressas naquela noite? Quantas famílias ficaram presas em casa, com medo de sair e cruzar com essa “organização”? Quantos trabalhadores foram pegos de surpresa no caminho de volta para casa?
A cultura da paz não pode ser engolida pela cultura da violência. O futebol, que sempre foi ferramenta de integração social, está sendo manchado por ações que nada têm a ver com esporte.
É hora da sociedade, das autoridades e das próprias torcidas organizadas se levantarem contra esse ciclo de ódio. Caso contrário, vamos continuar contabilizando prejuízos e vidas destruídas.
O recado é claro: paixão não pode ser desculpa para o crime.
“Quando o grito de torcida se transforma em destruição, todos nós perdemos. Reflita, compartilhe e seja voz contra a violência travestida de paixão.”
Foto: Internet







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