BRASIL - Corrupção: o maior medo dos brasileiros em 2025
- Dimas Carvalho
- 30 de mai.
- 2 min de leitura

Enquanto o país tenta avançar, um velho fantasma volta a assombrar o coração dos brasileiros: a corrupção. É ela quem hoje ocupa o topo das maiores preocupações da população, segundo uma pesquisa recente da AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (30).
O dado fala alto e claro: 59,5% dos brasileiros consideram a corrupção o maior problema do Brasil. Um salto expressivo de 13 pontos em relação ao mês anterior. O medo que antes era da violência, da criminalidade e do tráfico, agora é do sistema apodrecido por dentro, corroído por interesses escusos e promessas não cumpridas.
O povo sente. O povo percebe. E o povo cansa.
Enquanto nos discursos se fala em ética, transparência e justiça, nas ruas o sentimento é outro: indignação. A percepção de que o poder serve mais a si mesmo do que ao povo tem gerado não apenas desilusão, mas uma fratura na confiança coletiva.
A dor não é só moral. É social.
A corrupção não rouba só dinheiro. Ela rouba o tempo de quem espera na fila do hospital, a merenda da criança na escola pública, o emprego que não veio, o ônibus que quebrou, a dignidade da mãe que reza para o filho não ser engolido pela violência que a própria corrupção alimenta.
Mesmo diante de tantos problemas — da economia à saúde, da justiça à desigualdade — é o sentimento de traição constante que mais dói no brasileiro. Porque a corrupção nos empobrece em todos os sentidos: material, moral, institucional e emocional.
Os outros temores
Em segundo lugar na pesquisa, com 50,2%, aparecem a criminalidade e o tráfico de drogas, que ainda assombram milhões. Logo depois, a economia e a inflação marcam presença com 29,4%. Curiosamente, educação e saúde aparecem com preocupações abaixo de 6%, o que revela o quanto a urgência da sobrevivência e o descrédito institucional tomaram conta do imaginário popular.
“Quando a corrupção vira rotina, a esperança vira resistência.”
Compartilhe, reflita, questione. A mudança começa quando paramos de aceitar o inaceitável.
Foto: Internet
Por: Dimas Carvalho – Escritor, Palestrante e Ativista Social.
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