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“Barbárie na Saúde: Médica Estuprada em UBS de Salvador expõe a falência moral de uma sociedade doente”

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Por: Nilson Carvalho – Papo de Artista Bahia

 

Até onde a humanidade ainda vai descer?


O que mais falta acontecer para entendermos que estamos perdendo o senso de respeito, limite e temor ao sagrado direito de existir?


O caso que abalou Salvador nesta semana não é apenas mais um crime — é um grito desesperado por socorro moral em um mundo que parece caminhar para o abismo.

 

Médica é estuprada dentro da própria unidade de saúde — o lugar que deveria protegê-la

 

Uma profissional de 33 anos, dedicada a salvar vidas, foi brutalmente violentada dentro da UBS Sérgio Arouca, em Paripe, enquanto cumpria sua missão de cuidar do povo.

 

O agressor, um homem de 30 anos, entrou no consultório se passando por paciente, trancou a porta, tirou a roupa e atacou a médica, que lutou por sua vida e sua dignidade.

Gritou, tentou escapar, foi agredida — até que um representante de medicamentos percebeu a movimentação e conseguiu intervir.

 

O suspeito foi contido por funcionários e moradores, preso em flagrante e levado para a Central.


Mas o trauma deixado na vítima, esse não sai com algemas.

 

Médica abalada e sem direitos básicos: “Mesmo violentada, ela não pode parar de trabalhar”

 

A revolta se aprofunda ao saber que, por ser contratada como pessoa física, a médica sequer tem direito a afastamento após sofrer violência sexual.


É o trabalhador da saúde mais uma vez exposto, vulnerável, sem proteção adequada e carregando sozinho a dor que o sistema insiste em ignorar.

 

O sindicato presta apoio, mas isso não apaga o descaso estrutural que permite que uma tragédia assim aconteça.

 

Agressor já havia assediado outras funcionárias

 

A situação se torna ainda mais revoltante ao descobrirmos que o suspeito, conhecido na UBS, já havia assediado outras servidoras.

Mesmo assim, circulava livremente.

 

Quantas mulheres precisavam ser feridas para que medidas de segurança fossem tomadas?

 

Estupro não exige penetração — exige apenas violência, e isso não faltou

 

Muita gente ainda acredita, por ignorância, que estupro só existe quando há ato sexual direto.

Mas a lei é clara: qualquer ato libidinoso forçado é estupro.

E a violência sofrida pela médica não deixa dúvidas.

 

SMS anuncia vigilância, câmeras e policiamento — mas só depois da tragédia

 

A Secretaria Municipal de Saúde lamentou o caso e anunciou apoio psicológico, policiamento e instalação de câmeras.

Medidas importantes, sim.

Mas que só chegaram depois do pior.

 

Por que a prevenção não veio antes?

Por que a segurança das trabalhadoras da saúde — que enfrentam agressões, ameaças e abusos diariamente — ainda é tratada como secundária?

 

Um espelho cruel da sociedade: violência normalizada, moral destruída

 

Este crime escancara o que muitos se recusam a admitir:

a violência virou rotina.

O respeito virou exceção.

E a humanidade parece caminhar perigosamente para a beira do fim moral.

 

Enquanto isso, mulheres continuam sendo vítimas em espaços que deveriam garantir segurança: escolas, hospitais, ônibus, ruas e até dentro de suas casas.

 

Quando até quem salva vidas passa a ser violentado, é sinal de que a humanidade está sangrando — e o silêncio só aumenta a ferida.”

 

 Comente, compartilhe e não deixe essa discussão morrer.


Foto: Internet


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