Bahia na Escuridão da Corrupção: Fábricas e Bares São Flagrados Roubando Energia — Até Onde Vai a Lista de Coisas Erradas no Nosso Estado?

Por: Jornalista Nilson Carvalho, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura – Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

Uma pergunta ecoa no ar e incomoda cada baiano: o que ainda falta acontecer na Bahia para que as coisas erradas parem de se repetir?

Na última semana, quatro fábricas de cerâmica e sete estabelecimentos comerciais, entre bares e restaurantes, foram flagrados furtando energia elétrica em Riachão do Jacuípe. O esquema, segundo a Neoenergia Coelba, desviou 70 mil quilowatts/hora, energia suficiente para abastecer mais de mil residências por duas semanas.

Enquanto famílias lutam para pagar a conta de luz que chega cada vez mais cara, empresários inescrupulosos decidem fazer “gato” de energia para aumentar seus lucros. Resultado? Concorrência desleal, prejuízo para a população e risco para toda uma comunidade.

O impacto no povo

Não se trata apenas de “um jeitinho” ou de uma fraude isolada. O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até 8 anos de reclusão. Mais do que isso: ele coloca vidas em risco, pois ligações clandestinas podem causar incêndios, sobrecarga no sistema e quedas no fornecimento. Quem paga a conta? Sempre o povo.

Em 2025, só até agora, a Coelba já identificou mais de 81 mil fraudes, um aumento de 10% em relação ao ano passado. Isso representa 331 milhões de quilowatts/hora recuperados, energia suficiente para abastecer 5,2 milhões de casas durante 15 dias. Se essa energia não tivesse sido desviada, estaria iluminando ruas, escolas, hospitais e casas de famílias que vivem na honestidade.

 Reflexão necessária

Quando um empresário que deveria gerar empregos e contribuir para o crescimento da Bahia escolhe o caminho da fraude, ele não engana apenas a empresa de energia. Ele ataca diretamente a dignidade do trabalhador que luta para pagar suas contas em dia.

 Mensagem Final

A Bahia não aguenta mais ser palco de escândalos de corrupção, desvio e fraudes. É hora de refletir: até quando vamos aceitar que o “jeitinho errado” continue sendo regra e não exceção?

Compartilhe essa matéria. Denuncie. Não podemos permitir que a escuridão da ilegalidade continue apagando a luz da justiça no nosso estado.

A omissão não é neutralidade: é a escolha silenciosa de ficar do lado do erro.”

Foto: Internet