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Até quando os aposentados vão pagar a conta? O povo exige respostas sobre fraudes no consignado

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Por: Nilson Carvalho – Jornalista, Embaixador dos Direitos Humanos e da Cultura, Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro

 

O Brasil está diante de mais uma denúncia que mexe com a vida de quem mais deveria ter tranquilidade: os aposentados e pensionistas. Durante depoimento à CPMI do INSS, o advogado Eli Cohen afirmou que o Banco BMG teria construído seu crescimento às custas de fraudes em empréstimos consignados, desde 2005.

 

Segundo Cohen, o esquema envolvia falsificação de contratos, uso indevido de dados pessoais e descontos ilegais diretamente no benefício de aposentados — gente que muitas vezes depende de cada centavo para comprar remédio e comida. O levantamento da investigação aponta um rombo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

 

De um lado, aposentados chorando com o benefício reduzido sem explicação. Do outro, grandes instituições financeiras negando responsabilidade e alegando “rigor e transparência”. Mas o que a população quer saber é: quem vai devolver o dinheiro e garantir que esse roubo acabe de vez?

 

Quando a dignidade é roubada

 

Não estamos falando apenas de números em uma planilha, mas da dignidade de milhões de brasileiros que dedicaram sua vida ao trabalho e agora sofrem humilhação. O consignado, que nasceu como alternativa para dar crédito mais barato, acabou virando um instrumento de exploração.

 

A denúncia de Cohen expõe que a fraude não foi um erro isolado, mas um modelo de negócio que, se confirmado, atravessa décadas. E enquanto isso, o aposentado vive o dilema cruel: ou paga a conta sem ter contratado, ou enfrenta uma burocracia interminável para provar sua inocência.

 

Impacto social profundo

 

A cada desconto indevido, o prato de comida fica menor, o remédio pode deixar de ser comprado e a conta de luz corre risco de não ser paga. É o básico sendo arrancado de quem já vive na corda bamba.

 

Isso não é apenas uma questão de justiça financeira, mas de direitos humanos. Se o país fecha os olhos para esse tipo de fraude, está assinando embaixo da exclusão e da violência contra os mais vulneráveis.

 

A voz que não pode ser calada

 

O Banco BMG nega as acusações e diz estar colaborando com as autoridades. Mas a pergunta que ecoa nas ruas e precisa ser respondida é simples: quem vai devolver a paz e a segurança para os aposentados?

 

É preciso que a CPMI vá até o fim, que as responsabilidades sejam assumidas e que se crie um sistema que proteja, de verdade, aqueles que já deram sua contribuição para o Brasil.

 

Reflexão final: “Quando se rouba de um aposentado, não se tira apenas dinheiro — se rouba saúde, se rouba dignidade, se rouba vida. E isso o povo não pode mais aceitar.”

 

Foto: internet

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