Arlete Campos Lima – Uma Artista Completa

Nilson Carvalho
25 de abr.
1 min de leitura

Natural de Salvador – Descendência Indígena

Operária da Arte

Desde criança, minha essência artística já se manifestava. Mesmo sem recursos, chamava a atenção dos professores pela forma como desenhava e pintava com o que tinha: um simples papel de ofício, lápis e borracha — doados por um vizinho generoso. Foi entre rabiscos e sonhos que vivi minha infância e adolescência.

O desejo de ir além sempre pulsou forte em mim. Ainda jovem, fui levada por um colega de colégio a um ateliê, onde comecei trabalhando como recepcionista. Meu chefe, na época, não permitia que eu sequer tocasse nos pincéis ou tintas. Mas bastava ele se ausentar, e eu mergulhava naquele universo criativo, ajudando os artistas em segredo — com a permissão deles, claro, pois era uma empresa de cenografia.

Foi nesse ambiente que conheci Gil Ferreira, cenógrafo que me abriu as portas do Brasil, permitindo que eu participasse de diversos projetos em várias regiões do país. Outros mestres vieram depois, e minha trajetória só cresceu. Ainda assim, a vontade de aprender e fazer mais nunca me abandonou.

Hoje, sou pintora automotiva, especialista em pintura para construção civil, grafiteira, carpinteira, restauradora, escultora e artesã na moda hip hop. Por meio das roupas e acessórios que crio, dou voz à minha ancestralidade, às ruas e à cultura que pulsa dentro de mim.

Sou operária da arte.

Capacitada por Deus

Vídeo, Fotos: Assessoria de Impressa

Texto: Artista: Arlete Campos Lima

Matéria: Jornalista Nilson Carvalho