A Verdade Enterrada nas Areias: as pirâmides não foram erguidas por escravos
- Nilson Carvalho

- 10 de jul.
- 2 min de leitura

Por Nilson Carvalho — Jornalista, professor e Embaixador dos Direitos Humanos
Durante séculos, a imagem de homens acorrentados sob o sol escaldante do deserto, arrastando blocos gigantes de pedra, moldou o imaginário popular sobre quem teria construído as pirâmides do Egito. Para alguns, o feito era tão colossal que só poderia ter sido obra de extraterrestres. Para outros, um legado da opressão humana em sua forma mais brutal: o trabalho escravo.
Mas a verdade — enterrada sob as areias do tempo — finalmente veio à tona.
Quem realmente ergueu uma das maiores maravilhas do mundo?
Pesquisas lideradas pelo renomado egiptólogo Zahi Hawass revelam que as pirâmides foram construídas por trabalhadores qualificados, remunerados e bem alimentados, que viviam em vilas próximas aos monumentos.
Escavações arqueológicas trouxeram à luz inscrições milenares, registros de rotina e túmulos com estrutura digna, cuidadosamente construídos próximos a Gizé — algo impensável para escravos, que não teriam direito a tais homenagens póstumas.
Esses trabalhadores recebiam comida, carne, tâmaras, legumes, tecidos e, possivelmente, terras como forma de pagamento. Mais que força, havia técnica, organização e reconhecimento.
"Se fossem escravos, não teriam sido enterrados à sombra das pirâmides com túmulos preparados para a eternidade." — Zahi Hawass
Trabalho, dignidade e memória: o resgate de uma narrativa apagada
A descoberta não apenas corrige um equívoco histórico, mas também resgata a humanidade e a dignidade de milhares de homens e mulheres que, há mais de 4 mil anos, participaram da construção de um dos maiores legados da civilização.
Essa revelação impacta diretamente no modo como entendemos o passado — e, por consequência, o presente. Afinal, quando repetimos versões distorcidas da história, reforçamos ideologias que naturalizam a opressão e silenciam o mérito dos trabalhadores.
É um grito silencioso vindo das tumbas esquecidas: eles não eram escravos. Eram artesãos da eternidade.
A história precisa ser contada com responsabilidade, com base em fatos e não em mitos coloniais ou teorias fantasiosas. Respeitar a verdade histórica é também respeitar a memória de povos inteiros.
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Quantas outras verdades ainda estão soterradas por versões convenientes da história?
Foto: Internet







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