Todo dia era dia de índio,
Hoje nem todo dia é…
um dia sem alegria ,
d’outros caciques,
pouco índio e muito cacique
de Oca oca sem caneco
e somente onça bota o pé
Passado estuprado
com nomes de lugares
enterrados na imaginação
vão -se lendas e chocalhos
todo dia era dia de índio
hoje nem todo dia é…
e chamam isso de evolução
Todo dia era dia de índio
Hoje nem todo é…
lanças enterradas à lagoas de fé
As penas agora pintadas
plainam a encimados jatobás
de profundo respeito atadas
onde canta o sabiá
Desses braços pulsa a mata,
nas veias , seus rios
misturados a cada brasileiro
serpenteando as suas dores
sob a névoa de almas
bocados ,olores e cores
na herança eterna que se adapta
Fotos Nilson Carvalho
David Vazquez Jacob
Parabéns amigo Nilson, pelas belas obras que retratam esses povos bravos. Esse poema é uma humilde homenagem a eles tambem